sexta-feira, 1 de junho de 2012

migração para software livre e seus fantasmas

      Comprei um celular com o android a um tempo atrás e fui taxado como o diferente num grupo de amigos. Todos tinham blackberrys ou iPhones e sempre falavam das vantagens de seus aparelhos....dos inúmeros aplicativos em comum e possibilidades de uso. Fiquei realmente balançado em trocar minha recente aquisição, não por achar aquele mundo apresentado maravilhoso e ter ficado com inveja dos meus amigos, mas pq inicialmente não conseguia definir as vantagens de se ter um android. Foi aí que percebi que, como engenheiro de computação, estava com um canivete suíço com 1001 utilidades. Depois de fuçar um monte (como todo mundo da área de TI) deixei meu android um aço. Perdi bastante tempo mas consegui colocar exatamente do jeito q queria. Desenvolvi inclusive alguns app e publiquei para meus amigos utilizarem em seus black e iphones. Ficaram maravilhados e disseram...."mas vc é da área...nós não precisamos disso".
      Pois bem ... aí é que volta a questão do software livre. Antes de saber se esta vai ser a alternativa para sua organização, primeiro responda a questão: do que ela precisa? Trabalho em uma organização eminentemente técnica voltada para TI. Tem uma área administrativa, como qualquer outra, onde são produzidos documentos e compartilhados com quem é de direito. Outras áreas trabalham com softwares proprietários, como os cads em engenharia, com pessoal formado no uso deles. Numa situação dessas, será que mudar para software livre seria uma boa alternativa? (considerando o ROI e o impacto nos resultados da organização). Realmente depende. Quando estava no inicio de minha careira, com todos os LPIs na mente e Linux na veia, era xiita ao ponto de bater de pé firme e dizer que não existe mundo melhor do que o do software livre. Mas hoje, em uma posição mais gerencial e estratégica, vejo esta alternativa com muita cautela.
      Cada organização tem sua realidade e para se tomar uma decisão de migrar para software livre, deve-se primeiramente avaliar o seu ambiente, levantar requisitos, definir prioridades e acima de tudo, planejar como, quando, quem e onde, levando em conta os custos, deve ser feita a migração. Neste planejamento deve ser levado em consideração os sistemas legados, a expertise de sua equipe e os processos em cada área.
      Enfim, em nossa organização, a duras penas e depois de muito chiado e torcer de bocas, conseguimos implementar a migração para software livre. Algumas áreas foram escolhidas, treinamos o pessoal, fizemos muita palestra de conscientização falando de pirataria, custos e principalmente segurança. Houve um período de adaptação bastante danoso com alguma perda de produtividade. Mas atualmente percebemos uma melhoria significativa na manutenção dos softwares e no nível de segurança de nossa rede, diminuindo drasticamente os incidentes. Distribuímos DVD de instalação e atualmente alguns se esqueceram de como era sair dos problemas pela "janela", mesmo em suas próprias casas.
        Apenas como leitura, deixo para vocês um link para um plano de migração que foi proposto em 2007 do Exército Brasileiro. Está desatualizado mas tem a trilha para seguir com a migração caso pretenda fazê-la: http://www.softwarelivre.gov.br/casos/Plano_Migracao_Soft_Livre_13FEV07.pdf

ok....vou criar um blog....

tenho me perguntado o que será que vem depois da geração Z???? eu que nasci depois dos baby boomers e quase sendo da geração Y tenho o direito de somente agora começar a pensar em um blog.
Mas, meio que contagiado pela loucura da geração atual, que quer tudo pra ontem, sem saber o que quer pra hoje, ainda não sei muito bem do o blog vai se tratar.
Tenho uma mania irrepreensível: volta e meia entro naquela parte do yahoo para responder as últimas perguntas feitas. Como sou da área de TI, sempre vou em computação pra ver se consigo responder alguma coisa. Mas as perguntas não me motivam. Então vou em matemática....ao menos perco um tempo pra responder e acho que sempre ajudo alguém a entregar aquele exercício chato que estão sem saco pra fazer. Depois do rodeio por minhas manias, volto a questão do tema. Penso que independente do tema principal deste diário digital, pretendo compartilhar algum conhecimento que tenha para outros que talvez o aproveitem. Não quer dizer que estou me colocando acima de qualquer pessoa, querendo ensinar alguma coisa. Mas ao menos compartilho minhas certezas em busca de torná-las mais frágeis e quem sabe retornar a ser dúvidas.....ou como diria meu conterrâneo Caê: "ou não".